GERMANELO - PARTE II


ENQUADRAMENTO


   O monte do Germanelo, também conhecido como Monte do Castelo, é uma pequena elevação a 367 metros de altitude, que abrange os Concelhos de Penela e Ansião.

No castelo deparamo-nos em primeiro lugar com um extenso vale onde se situam, entre outras, as aldeias de Rabaçal, Fartosa, Legacão, Ordem, Chanca e do Zambujal.

Em segundo plano fica a Serra do Rabaçal, o Monte Maria Pares e o Monte da Pega. A Sul, observa-se a elevação suave e piramidal do monte gémeo, o Jerumelo seguido do Monte da Ateanha e do Monte de Vez. A Nascente, situa-se a Vila de Penela e a Serra do Espinhal.

       A construção do castelo, como já se disse, encontra-se ligada ao processo da Reconquista Cristã, tendo sido erguido por D. Afonso Henriques em 1142. Trata-se de um pequeno castelo em estilo românico, ocupando uma área de 80 mil metros quadrados, com mata circundante




  As atuais muralhas, ameadas, foram parcialmente reconstruídas no troço Norte, séculos mais tarde, seguindo o traçado original, pelo seu proprietário, o historiador de Penela, Professor Doutor Salvador Dias Arnaut (1913-1975). Com o seu falecimento os direitos sobre o imóvel foram herdados por seu filho, Salvador Jorge Arnaut, que, no ano de 2000, o colocou à venda por 25 mil contos, para fins habitacionais ou turísticos.

     A mobilização popular levou a que a Câmara Municipal, à época, celebrasse com o proprietário um protocolo de cedência e solicitasse ao Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR) a classificação do mesmo como imóvel de valor Concelhio, visando preservar o seu interesse cultural, evitando assim a especulação imobiliária.

     Em seus muros, implanta-se um marco geodésico

                                                                           Marco Geodésico





            



 




              




   A LENDA DOS IRMÃOZINHOS


    Conta a lenda que em cada um dos montes habitava um ferreiro – os irmãos Germanelo ( a norte) e Jerumelo (a sul)

         Os seus pais seriam muito pobres e não teriam mais que deixar a estes dois irmãos

do que as duas forjas, um martelo e a arte de trabalhar o ferro.

          Estando cada um em seu monte com a respectiva forja, o martelo teria que ser utilizado pelos dois alternadamente. A curta distância ente o topo dos dois montes permitia que os irmãos – dois autênticos gigantes – atirassem o martelo um ao outro quando dele precisavam.Assim, nas redondezas escutar-se-ia com frequência os dois ferreiros a comunicarem entre si: “ Germanelo passa para cá o martelo e, do outro lado, “Jerumelo, atira para cá o malho.

             Um dia, Jerumelo zangou-se com o irmão e atirou-lhe o martelo com tanta força que este se separou, caindo o ferro na encosta do monte Germanelo, fazendo brotar um fonte de água férrea de onde surgiu a povoação da Fartosa  (em 1160 dizia-se Ferratosa e em 1420 já era designada por Ferretosa). O cabo de madeira de zambujo, mais leve, foi espetar-se numa terra a dois quilómetros de distância, fazendo nascer um zambujo, originando, depois, o nome da povoação de “ZAMBUJAL”.

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