ENQUADRAMENTO
O monte do Germanelo, também
conhecido como Monte do Castelo, é uma pequena elevação a 367 metros de
altitude, que abrange os Concelhos de Penela e Ansião.
No castelo deparamo-nos em primeiro lugar
com um extenso vale onde se situam, entre outras, as aldeias de Rabaçal,
Fartosa, Legacão, Ordem, Chanca e do Zambujal.
Em segundo plano fica a Serra do Rabaçal,
o Monte Maria Pares e o Monte da Pega. A Sul, observa-se a elevação suave e
piramidal do monte gémeo, o Jerumelo seguido do Monte da Ateanha e do Monte de
Vez. A Nascente, situa-se a Vila de Penela e a Serra do Espinhal.
As atuais
muralhas, ameadas, foram parcialmente reconstruídas no troço Norte,
séculos mais tarde, seguindo o traçado original, pelo seu proprietário, o
historiador de Penela, Professor Doutor Salvador Dias Arnaut (1913-1975). Com o seu falecimento os direitos sobre
o imóvel foram herdados por seu filho, Salvador Jorge Arnaut, que, no ano de 2000, o colocou à venda por 25 mil contos, para fins
habitacionais ou turísticos.
A
mobilização popular levou a que a Câmara Municipal, à época, celebrasse com o
proprietário um protocolo de cedência e solicitasse ao Instituto Português do Património
Arquitectónico (IPPAR) a
classificação do mesmo como imóvel de valor Concelhio, visando preservar o seu
interesse cultural, evitando assim a especulação imobiliária.
Em seus
muros, implanta-se um marco geodésico
Marco Geodésico
Conta a lenda que em
cada um dos montes habitava um ferreiro – os irmãos Germanelo ( a norte) e
Jerumelo (a sul)
Os seus pais seriam muito pobres e não teriam mais que deixar a estes
dois irmãos
do que as duas forjas, um martelo e a arte
de trabalhar o ferro.
Estando cada um em seu monte com a respectiva forja, o martelo teria que
ser utilizado pelos dois alternadamente. A curta distância ente o topo dos dois
montes permitia que os irmãos – dois autênticos gigantes – atirassem o martelo
um ao outro quando dele precisavam.Assim, nas redondezas escutar-se-ia com frequência os dois ferreiros a
comunicarem entre si: “ Germanelo passa para cá o martelo” e, do outro lado, “Jerumelo,
atira para cá o malho.”
Um dia, Jerumelo zangou-se com o
irmão e atirou-lhe o martelo com tanta força que este se separou, caindo o
ferro na encosta do monte Germanelo, fazendo brotar um fonte de água férrea de
onde surgiu a povoação da Fartosa (em
1160 dizia-se Ferratosa e em 1420 já era designada por Ferretosa). O cabo de
madeira de zambujo, mais leve, foi espetar-se numa terra a dois quilómetros de
distância, fazendo nascer um zambujo, originando, depois, o nome da povoação de
“ZAMBUJAL”.
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